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O modelo de todas as virtudes


Maio é tradicionalmente tido como o mês de Maria. Leia um pouco mais sobre nossa tão amada mãe e relembre a sua importância para a nossa vida!

"A humanidade de Nosso Senhor é obra prima de sublimidade e de grandeza, obra prima do supremo poder. Maria será a obra prima da graça suprema. Se a vida de Jesus é uma maravilhosa epopeia com o desfecho no drama do Calvário, a vida de Maria será um poema delicioso, repassado dos perfumes do Céu. Em seu rosto suave descobrimos o encanto que Deus pôs na pureza dos anjos, o enlevo que nos atrai na inocência da virgem, a majestade que resplandece no papel santo da mãe, mas tudo isso enobrecido, transfigurado, sublimado e impregnado de eflúvios divinos que a terra nunca vira antes e nem pode tornar a ver.

Existe sem dúvida neste mundo a beleza das almas que gravitam para Deus e dele se vão aproximando pela perfeição sempre crescente de sua santidade; mas acima de todas estas virtudes, caridades, sacrifícios e heroísmos, acima destes esplendores morais, ainda vejo pairar, imponente, glorioso e dominador, um vulto: Maria! Maria, providencial medianeira entre o Céu e a terra, dispensadora dos dons que santificam... Maria, modelo perfeito de todas as virtudes da terra.

Quando comparamos a vida dos santos mais eminentes com a vida da Rainha do Céu, exclamamos: 'Qual a alma que trouxe diante do trono do Altíssimo uma fé mais ardente, esperança mais firme, amor mais profundo e mais generoso? Qual a alma que concentrou em grau mais elevado como em foco mais intenso, estas sete chamas místicas que são os dons do Espírito Santo?' [...] Falando das grandezas e glorias de Maria, exclama São Bernardo: 'O homem, vê e considera quanta sabedoria e bondade Deus pôs nos conselhos de sua providência! Queria resgatar a humanidade e então entregou à Bem Aventurada Virgem o preço desta redenção. Depois, para nos ensinar a confiança que nela devemos depositar, determinou que toda a esperança e todas as graças de salvação nos viessem por aquela que foi enriquecida com todos os tesouros do Céu. Opulento jardim enclausurado, sem dúvida; mas eis que sopram as auras do alto; passam de continuo, e tornam a passar essas fragrâncias incomparáveis que são as graças de salvação.' [...]

Há muitos que acreditam somente no poder do dinheiro, no gozo dos prazeres: para eles, se diria que o Céu se afastou e se vai perdendo sempre mais nas profundezas incertas de um horizonte sem realidade. Quantos que não sabem mais olhar para as alturas.? Vemos corações amesquinhados, almas sem ideal que se assemelham às aves feridas, arrastando as asas, maculando-as no lodo do caminho. Deixamo-nos captar pelas vulgaridades. O que muitos reclamam já não são as alegrias do dever cumprido, senão emoções perturbadoras e febricitantes, oriundas da parte mais baixa da nossa mísera humanidade. Esses, já se vê, pouco apreciam as coisas santas. Oxalá entendam a voz daquela que é justamente chamada Refúgio dos Pecadores!

Maria é um ideal, mas é ideal posto ao nosso alcance. Por delicado e fino que seja o modelo, certo é que foi traçado para nós. A muitas almas entusiasmos inspirou, e só este culto de Maria explica heroísmos sem número e até então desconhecidos. [...] Sim, ó Mãe nossa, amar-vos e fazer-vos amar: eis o nosso fim! Foi a nossa única gloria no passado, hoje é a nossa única força e alento."

Trecho extraído do livro Mês de Maria, da Nova Coleção FTD, de 1919.

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