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Como meditar sobre a Paixão de Cristo?

Atualizado: 6 de abr. de 2021


A semana em que estamos é propícia para conversão e início de uma vida nova, mediante a recepção dos sacramentos e a realização de piedosos exercícios espirituais. Dentre eles, a meditação acerca da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo ocupa um lugar central.

De acordo com São Pedro de Alcântara, confessor de Santa Teresa de Jesus, para realizar uma boa meditação acerca dos acontecimentos que compõem o Tríduo Pascal devemos ter em mente todos os seguintes pontos:

1 — A grandeza das Suas dores, para nos compadecermos delas.

2 — A gravidade do nosso pecado, que é a sua causa, para o detestarmos.

3 — A grandeza do benefício, para o agradecer.

4 — A excelência da Divina bondade e caridade, que se descobre nela, para a amar.

5 — A conveniência do mistério, para se maravilhar dele.

6 — E a multidão das virtudes de Cristo, que resplandecem nela, para as imitar.

As dores de Cristo foram as maiores do mundo, pois grandiosíssimo é o seu amor por cada um de nós. Ele não somente possuía um corpo delicado e frágil como o nosso, mas também teve de padecer sem receber nenhuma forma de consolação. Devemos reconhecer as nossas culpas perante cada uma de suas santas e adoráveis chagas e por cada um dos sofrimentos que compõem a morte de Cristo, afinal, Ele pagou o preço de nossos pecados. Inocente, Nosso Senhor carregou a pesada Cruz sem proferir uma única palavra de reclamação... Nós, que temos tão numerosas culpas, não deveríamos imitá-lo?

Pensemos, então, em como sofreu a Santíssima Virgem Maria. Ela acompanhou Nosso Senhor por todo o seu doloroso caminho, de modo que São Bernardo pôde dizer que "a lança que abriu o lado de Jesus, transpassou a alma da Virgem, que não podia separar-se do Filho". Mesmo após a ressurreição e ascensão aos Céus, Nossa Senhora ainda continuava a andar pelas ruas de Jerusalém, percorrendo a Via Crucis e relembrando todos os passos de seu divino filho. Quão imensa não deveria ser a sua dor e gratidão para com o Cristo, por ter padecido tão grandes dores também por amor a ela?

Não é possível pensar em um santo que não tenha se aproveitado de tal meditação para vencer as suas más inclinações; de acordo com isto, diz São Boaventura que "não existe exercício mais apropriado para santificar a alma que a meditação dos sofrimentos de Jesus Cristo". Nos esforcemos em tal prática, pois é fato que a meditação sobre a Paixão encerra abundantemente em si tudo o que é necessário para que cresçamos em graça e santidade!


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